Filho...

Dá trabalho?  Dá. Dá vontade de sumir e desaparecer às vezes. Custa dinheiro? MUITO! E você não sabe o quanto, até ter um. Sabe aquela baladinha de sexta? Não sejamos hipócritas, você VAI sentir falta e vai se lamentar muitas vezes por não poder ir por causa dele. Ficar de pernas pro ar num dia de domingo? Namorar a sós? Ter a casa em ordem e arrumada? Esquece! Isso não vai existir mais. A sociedade pinta um mundo materno que frequentemente - mesmo - não existe.  Esse modelo de família nem sempre se encaixa. Admita o fato: filho cansa. Filho gasta e desgasta. Fora os sentimentos novos que acontecem: se ele chora, você por dentro chora mais que ele por não ter conseguido evitar. E a autocobrança?  Ah, ela é imensa! Você nunca sabe se está fazendo o suficiente e pra você, tudo parece ser pouco. As pessoas se metem no que você faz ou não faz, e a maioria te critica por achar que poderia fazer melhor. Mas quer saber? Elas não poderiam não.  Mesmo aquela senhorinha que criou onze filhos (todos de parto normal, como manda a tradição). Ser mãe é uma experiência única pra cada. Cada mãe é uma mãe maravilhosa para seu filho. Você foi FEITA para o seu filho. Foi milimetricamente preparada para dar o colo que ele precisa num dia frio, a segurança que ele procura numa empreitada nova ou até aquele chamego nos dias convalescentes. Seu abraço tem o tamanho certo de um acalanto gigante que ele precisa. E ninguém poderá fazer por você: você é única pra ele.
É impressionante e às vezes incompreensível como tanto trabalho, doação, perda de liberdade e de uma parte da sua vida possa ser tão gostoso e recompensador.  Mas de fato é.  Por mais noites mal dormidas, aquele dinheiro importante dado no presente de Natal, aquele cansaço absurdo, os sacrifícios. Não importa quantos barzinhos você vai perder numa sexta, quantos domingos de paz serão substituídos por brinquedos espalhados pela casa ou quantos banhos você vai terminar pela metade: sempre valerá a pena.
Todos os dias, todos os sacrifícios que faço por você valem cada segundo, filho. Não importa o que eu vou perder: sempre estarei ganhando se você sorrir pra mim no fim do dia.

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