A mamãe e o blog

Sou carioca nascida e criada na Tijuca, canceriana (mas beeeem canceriana mesmo!) de 4 de julho de 1994. Sou filha de uma professora primária e um operador de computação gráfica. Faço faculdade de História na UERJ, e como uma boa historiadora, sempre gostei de escrever, e essa sempre foi a minha fuga. Eu queria ser mãe desde sempre (metade pela maternidade compulsória, metade pelo instinto canceriano). Virei feminista em 2014 e esse blog sofre essa guinada junto comigo, pois escrevo ele desde 2013, quando engravidei, aos 19 anos. Escrevo para desconstruir muitos mitos que nós, enquanto mulheres, somos obrigadas a aceitar goela abaixo: a heterossexualidade compulsória, a maternidade compulsória e a sua devida romantização, que leva muitas e muitas mulheres a serem diagnosticadas com Depressão Pós-Parto e que rompe com muitas relações; as dificuldades de ser mãe solo numa sociedade machista e patriarcal que ainda nos coloca como rainha do lar; as diferentes violências obstétricas que as mulheres passam em sua experiência na maternidade; as especificidades de ser mulher, negra, mãe solo, universitária, periférica, vinda de família origem humilde e o quanto isso influencia na vivência. E principalmente, trazer a experiência da maternidade ao meio feminista, que é tão deixada de lado e rechaçada por alguns espaços do movimento. O blog existe para dizer que cada mãe é uma voz que tem importância na sociedade. Eu sou uma dessas vozes.


Karoline Miranda é graduanda em História pela UERJ desde 2013, militante da Frente de Mulheres das Brigadas Populares e membra do Núcleo de Mulheres da História - UERJ. No Facebook, modera os grupos feministas Construção Feminista, Ajuda as mina! - Help para Mães Solo, Mães Jovens e Noivas Feministas.

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