Sobre desistência (e uma menina chamada Lorena)

Oi, gente!

Entrou nos meus planos comprar um notebook, pra que eu possa escrever mais vezes e com mais frequência. Sei que vocês não sentem saudades de mim, mas eu sinto muitaaaas de escrever pra vocês, hahahahaha!

Hoje vou contar de uma sensação muito chata que eu tive recentemente. Sensação que, creio eu, muitas das mães que tiveram seus filhotes cedo já tiveram, e até arrisco a dizer, as que tiveram mais velhas também.
Estou no sexto período da faculdade, e, pela primeira vez nesse semestre - pois esse sentimento monstruoso me acompanha em todos - senti o peso de passar no período. As matérias puxadas, eu com estágio + faculdade + filho, sem conseguir ler quase nenhum texto (eu faço História e leio tanto quanto quem faz Direito), deixando de fazer resenhas e afins, sem tempo pra estudar... e aí, veio aquele sentimento de: não vou conseguir. Não vai dar, fim da linha, finish, hora de dar tchau. Pensei em desistir. Pensei em não voltar nunca mais. Veio um sentimento de derrota. Um sentimento que piora ainda mais quando você vê aquele seu coleguinha nerd, desimpedido e sem filhos com um CR 9,75 com todos os textos lidos e a crítica à cada um deles na ponta da língua. Dá desespero. Dá vontade de jogar tudo pro alto.
Eu sou uma pessoa muito emotiva. Sou mãe de todos e todas que me pedem ajuda, e os que não me pedem eu também coloco no colo e dou carinho. Dou esporro, dou abraço. E procuro isso muito nas pessoas também. Não sei guardar sentimentos, ruins ou bons, pra mim (talvez isso seja um defeito). Por isso, procurei desabafar com alguém, alguém que tivesse a sensibilidade de me entender como mãe - uma outra mãe. E procurei a Lorena, uma quase formanda do meu curso, com um filhote maravilhoso chamado Raul. Desabafei. Contei que ia desistir. Que não dava mais. Que estava pesado.
E aí ela dividiu comigo, sua história. Cheia de percalços, ela perdeu um filho e renasceu para outro. Reprovou. Se decepcionou. Pensou em desistir. Perseverou. E agora está aí, cheia de garra, gás, prestes a se formar e com um filho lindo que mostra todos os dias como é bem criado.
Não posso contar com detalhes, não só porque é uma história pessoal, mas porque vocês chorariam demais (como eu chorei). Mas eu não desisti. Eu vi que posso, e que por mais que demore um pouquinho, eu ainda vou ser doutora, ainda vou gerar conhecimento, vou me formar e formada eu vou formar outras pessoas, outros pensamentos.
Lorena, obrigada. Você é uma guerreira. E é meu exemplo.

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