Desmame: dilema vencido!

Voltei rapidinho, cês viram?
Mas só porque são 7h da manhã e Gael está no sétimo sono, rs.

Prometi publicar sobre desmame tem um tempo... Lembro que estava esperando se ia rolar um flashback, se eu não ia aguentar, se eu ia desistir... Mas 1 ano se passou e Gael saiu do peito muito bem, obrigada!

Pra começar, a gente precisa entender que o desmame não é regra. Já ouvi histórias de mães que amamentaram até os 7 anos,  como conheço mães que amamentaram apenas 1 semana (e não sou eu quem vai julgar se é certo ou errado, visto que cada caso é um caso e cada mãe é uma mãe). Maaaaas esqueça a história de que o desmamar tem que ser necessário pra criança: a não ser que ela tenha menos de 6 meses, ao meu ver, o desmame é um opcional da mãe. Claro que o leite materno é ótimo para a saúde de qualquer criança, mas depois que a criança começa a experiência com alimentos sólidos, o que ocorre por volta dos 6 meses, ela adquire nutrientes que cumprem quase a mesma função com uma alimentação saudável e um cuidado legal na pediatria e nutricionista - o que significa também vitaminas e sulfato ferroso. O leite é como se fosse um plus, uma proteção a mais à criança. (pasmem, eu ouvi isso de uma pediatra)

Toda mãe quer dar uma proteção à mais ao seu filho ou filha, né? Sim, claro, quer. A questão é: será que todas podem? A amamentação é algo extremamente cansativo e dependendo da criança, de difícil adaptação quando a mãe volta à sua rotina de vida. Trabalhar, muitas vezes estudar, cuidar da casa e amamentar é algo que dá pra administrar, mas é aquilo que comentei lá em cima: cada mãe sabe onde o calo aperta e se dá pra ir mais além.
Para além disso, tem uma questão que todo mundo esquece mas é tão importante quanto: amamentar CANSA. MUITO. E muitas vezes isso prejudica os afazeres da mãe.

No meu caso, foi uma junção de coisas: eu tive o Gael no 3° período da faculdade e não tranquei. Portanto, eu vivia intensamente a rotina de estudar e ter que estar na faculdade o tempo inteiro, fora trabalhar e etc. Pra mim, já não dava mais, porque com 1 ano, o Gael ainda ficava no peito o dia inteiro, se eu deixasse. A amamentação me cansava e era muito punk quando ele ia pra casa do pai e meu peito empedrava de tanto leite. Resolvi que era a hora de parar: ele já tinha idade para se manter sem o leite materno.
Foi um pouco difícil, entretanto, lidar com o apego emocional que a amamentação traz - outra questão na hora do desmame. Muitas vezes eu queria desmamar mas achava que íamos perder o Contato, ou que ele sentiria falta. Comecei então aos poucos, reduzindo para mamadas noturnas: só dava o peito antes de dormir. Ele pedia o peito e eu sempre falava que estava dodói. Na hora de dormir, mamava e pegava no sono.
Até que chegou um dia em que eu estava MORTA e não me sentia em condições NENHUMAS de amamentar. Então neguei. Ele chorou um pouco e de repente pegou no sono. E no dia seguinte, não pediu mais peito. No outro dia também não. No outro também não. E assim o Gael desmamou. E fiquei pasma porque do nada eu comecei a sentir falta do aconchego de amamentar, e ele 100% nem aí! Nem sofreu.

Claro que o desmame é diferente pra cada criança. Mas, mãezinha, se não dá mais pra você, corte os laços. Primeiro, porque a memória da criança é curta, e ela não sofrerá na dimensão que você imagina - quem sofre mais é você, sempre! Segundo, porque você também precisa se ouvir. A maternidade é uma relação entre duas pessoas, e se uma das duas está pedindo pra parar, ela tem que ser ouvida também. Pensem nisso.

Vou ficar aqui bolando uma nova postagem bem interessante cult bacaninha pra vocês enquanto isso.

Beijossss!

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